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CULTURA & ARTES

Guamán Ñan: o caminho do cronista inca Guamán Poma de Ayala

A  mostra trouxe os trabalhos dos estudantes da disciplina AUH-152 - História e Teorias da Arquitetura II, ministrada pela Profa. Renata Martins, desenvolvidos a partir do estudo da obra “A Nueva Coronica y Buen Gobierno” (1615) do indígena Guamán Poma de Ayala Guamán Poma de Ayala foi um indígena da nobreza inca, original de Huamanga, região sul do atual Peru. A data de seu nascimento é desconhecida, mas provavelmente seja por volta do início da colonização espanhola (1532).

A redação da Nueva Coronica y Buen Gobierno teria começado em torno de 1580, com o início da caminhada de Guamán atravessando todo o território Inca para escrever e desenhar a obra que seria concluída apenas nas primeiras décadas do século XVII, para então ser entregue ao rei Felipe III. Isto é, uma obra de uma vida inteira.
A crônica é uma das fontes mais importantes e extraordinárias sobre a história e a sociedade do império inca. A obra original se conserva na Biblioteca Nacional da Dinamarca. Também se trata de um manifesto que evidencia a desintegração da organização social dos povos indígenas e suas formas de resistência frente à invasão espanhola

Escrita em espanhol, quechua e aimara, traz 398 imagens que ilustram a fauna, a flora, as arquiteturas, os costumes de cada região do vasto e rico território percorrido pelo cronista. As imagens são detalhadas em sua proposta representativa e imagética, utilizando-se, ao mesmo tempo, de convenções ilustrativas europeias, e de outras de origem local. O documento demonstra de forma potente a complexidade cultural originada a partir da primeira mundialização, e a apropriação da cultura e ferramentas epistemológicas do opressor, utilizadas por Guamán Poma para subverter, denunciar e reafirmar a cultura originária.


Esta exposição é fruto de uma curadoria compartilhada

Tipografia e Editorial: Victor Salgado.

Ano: 2024

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Manto em Movimento
Mãtu Yatimanasawa


com Glicéria Tupinambá

MANTO EM MOVIMENTO de Glicéria Tupinambá é uma realização da Casa do Povo em parceria com o MAC-USP. O projeto acontece em duas frentes: uma exposição documental nos acervos da Casa do Povo e uma série de pousos do manto pela cidade de São Paulo. Cada viagem do manto, seja a uma aldeia, um museu, uma ocupação, gera novos encontros e registros que compõem o acervo da exposição em cartaz. O manto já esteve em espaços como Aldeia Kalipety, Museu do Ipiranga, Pinacoteca de São Paulo, Ocupação 9 de Julho, JAMAC e PUC-SP. Comitê curatorial: Glicéria Tupinambá, Augustin de Tugny, Benjamin Seroussi, Caio Lescher, Fernanda Pitta, Juliana Caffé, Juliana Gontijo.

O Manto Tupinambá esteve na FAUUSP por esforço de realização do Grupo de Estudos ABYA-YALA, parte do projeto JP2 FAPESP Barroco-Açu. Com os curadores: Anna Heloísa Segatta (FFLCH-USP), Christian Mascarenhas (FAUUSP), Giovanna Flameschi (FAUUSP) & Victor Salgado (FAUUSP). E organização da Profa. Dra. Renata Martins (FAUUSP, coordenadora JP2 FAPESP), Prof. Dr. Luciano Migliaccio (FAUUSP), (Rafaela Aranha Marques Campelo (FAUUSP / PUB Amazônia na FAUUSP / FAUUSP na Amazônia), Bárbara Servidone (FAUUSP), Helena Verri (FAUUSP) e Mônica Bertoldi André (FAUUSP). No Link acima é possível visualizar o evento ocorrido no Salão Caramelo da faculdade.

Ano: 2023

Manto Tupinambá

Paisagem e Percepção

com Mário Baratta

O evento foi articulado como uma exposição de Aquarelas e oficina de pintura com roda de conversa dentro da FAUUSP. Contribuindo para o projeto Amazônia na FAUUSP/FAUUSP na Amazônia.

A exposição foi inaugurada no dia 05/03/2024 no Salão Caramelo da FAUUSP no Edifício Vila Nova Artigas. No mesmo dia iniciou a oficina de pintura com aquarelas que seguiu por mais dois dias todas as manhãs no estúdio 04 da instituição.

A conferência final foi preparada para compartilhar e trocar conhecimentos a respeito de um recorte da presença humana na Amazônia a partir das pinturas rupestres da Serra da Lua, em Monte Alegre – PA e do legado arquitetônico deixado pelo Arquiteto Oswaldo Bratke, no Amapá. Com resultado destas experiências, Mário criou belas aquarelas e desenhos, e alguns deles estiveram na exposição.

Evento gratuito

Organização: Grupo de Estudos ABYA-YALA FAUUSP

Ano: 2024

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Tintas do chão às cinzas


com Carol Cardoso

A oficina de criação de tintas para uso artístico em tecidos de algodão utilizando técnicas com terra e também da queima dos tecidos tingidos no local, para fazer pigmentos de contraste com os tons terrosos ocorreu no LAME-FAUUSP, em setembro de 2023. Através da atividade de extensão a ministrante Carol conduziu o processo de aprendizagem das técnicas de criação de tintas como tecnologias ecológicas originadas e localizadas nos saberes indígenas de sua própria ancestralidade. Este tipo de atividade e a natureza das técnicas nunca antes foram ofertados à comunidade da FAU-USP, um fator de inovação, além de proporcionar um meio de interlocução entre os saberes dos povos tradicionais brasileiros e os saberes científicos dos campos disciplinares da arquitetura, urbanismo e design da instituição.

Carol Cardoso (@_varusa), fez graduação em Arquitetura e Urbanismo na Universidade Federal no Amapá e atualmente faz mestrado em arquitetura na Universidade Federal de Minas Gerais com pesquisa em retomadas indígenas na região amazônica. Também é membro da Associação Multiétnica Wyka Kwara. Desenvolve pesquisa artística em tingimentos e pigmentos naturais sobre tecido e papel.

Evento gratuito

Organização: Grupo de Estudos ABYA-YALA FAUUSP

Ano: 2023

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Oficina de introdução à fotografia

com Click Indígena - Ypituna Pankararu

Esta oficina é parte das atividades da Semana de Integração FAUUSP de Caloures 2024 e foi organizada pelo Grupo de Estudos "Abya-Yala. Opção Decolonial e Culturas Ameríndias na História da Arte e da Arquitetura", em parceria com o Museu das Culturas Indígenas.

Nossa oficina teve como objetivos introduzir os participantes no universo da fotografia, partilhando as inúmeras potencialidades do fazer fotográfico, com foco na mobilização da fotografia nos contexto de luta e resistência indígena, através do olhar e atuação da ministrante Ypituna Pankararu, indígena do povo Pankararu, cujo território ancestral se localiza em Pernambuco, migrante, residente no ABC paulista, formada em produção audiovisual, fotógrafa fundadora do projeto Click Indígena - fotografia ancestral e comunicadora no Museu das Culturas Indígenas.

As atividades foram divididas em duas etapas, no dia 29/02: a primeira, no prédio da FAU-USP, no período da manhã (9h-12h); a segunda, no Museu das Culturas Indígenas, no período da tarde (14h30-16h).

Evento gratuito

Organização: Grupo de Estudos ABYA-YALA FAUUSP e Museu das Culturas Indígenas (MCI)

Ano: 2024

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Exposição Fotográfica Vida Palafítica

As palafitas são um dos elementos edilícios que compõem a paisagem de diversas cidades do mundo. Entre muros e prédios, em córregos ou mangues, as palafitas são resultado da alta capacidade de adaptação do homem diante as intempéries e pragas, podendo ser encontradas em todos os continentes do planeta.
No Brasil, e em particular na região amazônica, é possível encontrá-las em territórios rurais e urbanos, e para cada um dos casos as condições, tradições e manifestações desta forma de habitar é singular. Embora nos maiores centros urbanos sejam recorrentes ver palafitas em favelas sob o mote da precariedade. Porém, as palafitas existentes nas cidades do Amapá não são apenas locais de carências, mas, também, são cheias de vida e com estética peculiar, dignas de serem lembradas.
Ultrapassando os horizontes que a universidade proporciona, pretendemos abordar a temática palafítica de diversas óticas. A exposição mostra fragmentos da vivência no habitar palafítico a partir das lentes de Luciana Macêdo, Luan Colares, Valdelicer Fonseca, Welligton Gatinho Junior e Eliakim Pinheiro. Outras versões dos lugares popularmente conhecidos como ‘’baixadas’’ e ‘’beiras’’ de quatro cidades amapaenses: Macapá, Santana, Laranjal do Jari e Oiapoque. Além disso, propomos uma roda aberta de diálogo ao final do evento para trocar experiências sobre a temática. Não se trata de estabelecer apenas um ponto de vista, mas de apontar diversos olhares pelas lentes de fotógrafos, pesquisadores, estudantes e interessados sobre o assunto.

Evento gratuito

Organização: Emergir Coletivo e Biblioteca Pública Elcy Lacerda

Ano: 2019

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